1º dia
Foi no dia 24 de Fevereiro de 2012 pelas 14h25, com Luíza Vitória e Roberta Wanessa, que faziam a última viagem de uma jornada de estudos pela Europa, que partimos com um roteiro elaborado que passava por Sevilha, Granada e Serra Nevada.
Com os tickets dos "autobuses Alsa" comprados, os hostels/pensões estrategicamente reservados para não termos de andar muito tempo com as mochilas às costas e com a comida para as primeiras horas desta tour, pegamos o autobus para Sevilha.
Chegamos a Sevilha era já de noite, o relógio marcava as 22h e derigimo-nos para a "Pénsion Gravina", uma pensão que se tentou adaptar ao conceito hostel por força do surgimento destas novas unidades hoteleiras que cada vez vão ganhando mais e mais adeptos em todo o mundo e uma grande expressividade. Hoje em dia existem hostels muito baratos e com uma qualidade de alojamento muito boa.
Retomando a nossa chegada à "Pénsion Gravina", deparamo-nos com uma pensão que era uma tentativa de adaptação do termo hostel, mas só isso mesmo, uma tentativa de adaptação! Esteticamente muito pobre, os quartos com uma decoração muito antiga e claramente ultrapassada, a casa de banho que não mostrava muita confiança para com a higiene, sendo uma para cada piso numa pensão lotada... era uma casa de banho com uma sanita/vaso sanitário e um chuveiro para mais ou menos 15 pessoas e a isto juntando-se o fato de funcionários com uma idade avançada andarem de um lado para o outro sempre a reclamar... que atingiu o nível máximo, quando pedi o recibo no último dia! Esta pensão/hostel de bom só tinha mesmo a localização.
Neste primeiro dia de chegada a Sevilha só deu mesmo tempo e vontade para o check-in e dormir acompanhados por um calor de fevereiro tipíco do sul de Espanha.
2º dia
No dia seguinte, já com as baterias restabelecidas e com Sevilha aguardando por nós, saímos rumo à beira rio, onde vislumbramos a "Plaza de Toros de Sevilla", que tem a particularidade de se confundir com as casas que a rodeiam, é enorme por dentro, mas por fora não parece ser assim tão grande, pois é envolvida por inúmeras casas. A entrada da praça de touros tem estátuas de figuras emblemáticas das touradas e uma cor amarela chamativa na sua fachada. Não entramos na praça de touros porque no fim de semana anterior tinhamos assistido a uma tourada em "Ciudad Rodrigo", e por essa razão decidimos ir em direção à "Torre de Oro", muito perto da praça de touros, é um dos cartões postais de Sevilha. Daqui podemos observar a cidade de Sevilha do alto, valendo muito a pena tirar umas fotos.
Depois do passeio matinal pela beira rio, fomos até à "Plaza de España", sempre seguindo o mapa turístico que arranjamos no hostel/pensão, chegaríamos facilmente ao destino. No caminho até lá passamos pela "Puerta de Jerez" e pela Universidade, onde antigamente era uma fabrica de tabaco. A "Puerta de Jerez" e as ruas perto desta são das mais movimentadas de Sevilha, com muitos "recuerdos", mercadinhos, restaurantes e os mitícos coches por cavalos, que são umas das imagens de marca de Sevilha. Ali perto fica o edifício principal da "Universidad de Sevilla", bastante antigo e muito bem conservado, tem acesso para o seu interior e onde podemos sair por outra porta que vai dar em frente ao "Teatro Lope de Vega", com muita cor e seus arredondados feitios é um edifício muito bonito, imperial e fica mesmo ao lado da "Plaza de Espanã", nosso destino. A "Plaza de España" é tudo o que se possa imaginar de romântico e inspeirador. Uma obra em semi-circulo, que tem no seu centro uma fonte, e um mini-rio onde barcos a remos circulam. Esta praça é um símbolo de Sevilla, e um dos locais mais bonitos por onde já passei.
Explorada ao máximo a espetacular "Plaza de España", e já depois depois do almoço(...no macdonald`s!), hora de rumar à "Catedral de Sevilla", também um dos principais edifícios de Sevilla pela sua imponência e importância, e onde existe uma grande concentração de turistas e a animação de rua ganha muita expressividade.
Vista uma boa parte de Sevilha, ou pelo menos as obras mais conhecidas e referênciadas nos roteiros, e isto tudo com um clima que nos permitiu andar de t-shirt num final de fevereiro europeu, era altura de regressar ao hostel/pensão, onde comeríamos umas sandes e chocolates comprados no mercado "chino" e onde repousaríamos as pernas para na manhã seguinte partirmos rumo a Granada.
Sevilha também é conhecida pelos espetáculos de Flamengo e uma noite muito atrativa e dinâmica, nós por questões de calendário, gestão de tempo e fisíco que nos limitaram, optamos por não comprovar isso mesmo, ficando para uma próxima vez. Sendo Sevilha é uma cidade muito chamativa e de clima agradável deixa aos que a visitam um grande desejo de voltar, parecendo que tem sempre algo mais para oferecer. Que magnífico lugar este!
3º dia
No dia 26 de Fevereiro de 2012 e terceiro dia de viagem partimos de Sevilha rumo a Granada. Eram cerca das 12h30 quando o "autobus" chegou à estação destinada aos autobuses vindos dos mais variados locais, logo que saímos do "autobus" derigimo-nos a uma espécie de posto de turismo ou balcão de informações turísticas onde rapidamente ficamos a saber quais os "autobuses" citadinos a pegar para ir para o longínquo centro da cidade e onde se localiza o hostel e onde quereríamos deixar as malas. Ainda mal tinhamos chegado a esta cidade espanhola e começamos por registrar algumas curiosidades, como a maioria das casas serem brancas e de janelas pequenas como convém para atrair o menos possível os raios solares e consequentemente o calor. As ruas confusas e o estilo de artesanato,vestuário e lojas bem de estilo árabe. Nós viriamos a Granada para ver isto mesmo, o porquê de tanto se falar em Granada, na cultura árabe a ela associada, e o palácio "La Alhambra". Foi no palácio "La Alhambra" onde passamos a tarde deste domingo quente de Fevereiro, um palácio árabe enorme que fica no topo de um monte, assinalando a sua presença e beldade. Quando entramos neste mundo árabe edifícado, espantamo-nos como as exuberâncias de um edifício muçulmano podem chegar a um nível de detalhe incrível! As paredes com as escrituras esculpidas desde o chão até ao teto e os tetos com geometrias e promenores muito minuciosos fazem deste palácio uma das grandes edificações imperdíveis da Europa.
Depois de visitarmos esta obra-prima e ainda antes do pôr-do-sol descemos à cidade para depois conhecermos outros pontos de interesse de Granada, como a Catedral, as ruas movimentadas e estreitas da cidade, o comércio e os costumes de gentes mais morenadas. Ao cair da noite regressamos à "Pénsion Duquesa", que é também empreendimento turístico totalmente voltado para o conceito hostel e onde fomos recebidos muito bem, sempre simpáticos os funcionários da receção, o quarto limpo, com uma casa de banho(banheiro) partilhada sempre limpa, um pequeno almoço(café da manhã) suficiente e um preço imbatível para uma pensão/hostel que se localiza a 5min a pé da catedral, gostamos muito de aqui ficar.
4º dia
Este dia 27 esteve sempre reservado ao monte branco que vislumbravamos quando olhávamos o horizonte apartir do centro de Granada. É muito fácil ir do centro de Granada para a Serra Nevada, bastando às pessoas interessadas agarrarem um autobus que sai da estação de autobuses e tem como destino a Serra Nevada. Foi isso que fizemos, logo pela manhã do dia 27 e depois de termos consultado os horário de partida de partida do autobus, pegamos num táxi e com alguma pressa conseguimos entrar no "autobus". Confesso que nunca tirei 3 bilhetes de uma máquina tão rápido... este "pequeno" stress matinal deve-se ao fato de não haver muitas partidas para a Serra Nevada, de os "autobuses" sairem todos à mesma hora, ou seja, ou era o das 10h ou então teríamos de de ir no das 15h ou 18h, o que estava obviamnete fora de questão!! Era o das 10h que tinhamos de conseguir e felizmente conseguimos....
A viagem até à Serra Nevada dura mais ou menos 1hora, acontecendo nessa hora um encontro com uma brasileira que se sentou ao lado da Roberta. Uma grande coincidência e uma sensação otima para nós viajantes. A Renata, assim se chamava a Paulista, foi nos contando que está aqui num intercâmbio estudantil e como em qualquer um na sua situação está "aproveitando para viajar um pouco", como acrescentava quando falava para casa "Pai eu não vou ficar esperando ninguém, senão corro o risco de não fazer nada, vou viajar". Contava que não se importava de partir para as viagens "sozinha", e só partia, porque como demostra este caso, quando partimos sozinhos isso não quer dizer que a viagem vá ser um conjunto de momentos solitários, mas muito pelo contrário, existindo uma maior disposição, geralmente se fazem amizades incríveis e por vezes para toda a vida!
Retomando a chegada à Serra Nevada, a cidade instalada no alto da montanha e completamente envolvida por um manto branco, nós os quatro nem sabíamos para onde nos virarmos, incrível a quantidade de Snowboarders e Esquiadores trajados com aqueles fatos coloridos, a quantidade de lojas a vender experiências, as casas e unidades hoteleiras dispostas ao longo da montanha, a imensidão de pistas, tudo muito bonito e...branco! Fabuloso!!
Na Serra Nevada estamos na nossa presença de tudo o que imaginámos sobre uma cidade instalada a uns bons metros de altitude... e apesar de tudo se pagar.
Na Serra Nevada estamos na nossa presença de tudo o que imaginámos sobre uma cidade instalada a uns bons metros de altitude... e apesar de tudo se pagar.
Ao sairmos das atividades e quando a fome já estava a aumentar dirigimo-nos para a zona da restauração. Enquanto isso descobríamos um local para fazermos o tão desejado boneco de neve, não perdendo esta oportunidade deitamos mãos à obra, ficou um boneco cheio de estilo.
A zona da restauração e muito vasta, com todas as cadeias internacionais de fast-food a marcarem presença forte, contém o restaurante "Pans & Company", onde almoçamos e passamos os últimos momentos naquele monte branco imenso.
De regresso novamente a Granada, estivemos a explorar mais um pouco do que este "império árabe" tem para nos oferecer. Passeamos por entre rodas estreitas e outras um pouco mais largas, chegamos à redonda da Plaza de Toros que não muito surpreendemente é composta pelos sempre promenores árabes. Quando voltamos era já de noite despedimo-nos da Renata, fomos jantar e depois dormir. No dia seguinte o "autobus" esperava-nos às 7h00 e regressaria ao ponto de origem Salamanca.
Salamanca numa palavra: Universidade (já postado anteriormente).
Sevilha numa palavra: Cor.
Granada numa palavra: Árabe.
Serra Nevada numa palavra: Branca.

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