A viagem para a cidade universitária de Salamanca ocorreu na noite de 04 de Dezembro de 2011, logo após um dia passado em Madrid e já sem a companhia do Zé e da Ana. Quem leu "Um dia de Dezembro em Madrid", já deve ter perguntado para si próprio no porquê de eu levar uma mala para Madrid e deixá-la num cacifo do Aeroporto, se estive lá apenas um dia? Tem lógica fazer esta pergunta, porque o motivo desta viagem foi o de encontrar-me com uma menina brasileira muito especial para mim, que se chama Luíza e que conheci no Brasil, e que chegaria com uma amiga.
Tinha muitas saudades, era um encontro muito esperado, e depois de tanta espera e ansidade finalmente encontrei-me e tal como estava à espera, tudo muito "boa onda" como dizem os brasieliros. :)
Com as malas dos três, documentos e tudo pronto era hora de rumar a Salamanca. Para este trajeto de Madrid-Salamanca iríamos utilizar um autocarro (ou onibûs) da rede "Avanza" que se consegue pegar no "Terminal de Autobuses" que fica em frente do Terminal 1 do Aeroporto de Barajas, numa espécie de parque de estacionamento. Conseguimos embarcar mesmo em cima da hora (19h) rumo a Salamanca, onde chegaríamos três horas depois e onde eu iria ficar hospedado no excelente Revolutum Hostel.


Este Revolutum Hostel em Salamanca merece mesmo umas palavras de elogio da minha parte. Estes meios de alojamento, denominados de hostels, são muitas vezes os mais escolhidos quando se está na estrada, por serem cómodos e bem localizados, mas acima de tudo por serem geralmente mais baratos que os hotéis. Este hostel é muito bom, sendo o melhor que já estive até à data, quer seja pela localização, quer seja pela limpeza, simpatia dos funcionários e facilidade de fazer amizades, quer seja estarmos envolvidos por um design espetacular! É um hostel com o verdadeiro espirito de viajante de mochila às costas, tendo inerente toda a cultura dessa palavra. Fantástico !!
Este Revolutum Hostel em Salamanca merece mesmo umas palavras de elogio da minha parte. Estes meios de alojamento, denominados de hostels, são muitas vezes os mais escolhidos quando se está na estrada, por serem cómodos e bem localizados, mas acima de tudo por serem geralmente mais baratos que os hotéis. Este hostel é muito bom, sendo o melhor que já estive até à data, quer seja pela localização, quer seja pela limpeza, simpatia dos funcionários e facilidade de fazer amizades, quer seja estarmos envolvidos por um design espetacular! É um hostel com o verdadeiro espirito de viajante de mochila às costas, tendo inerente toda a cultura dessa palavra. Fantástico !!
2º dia
A tarde chegava, e nada melhor como almoçar com as minhas companheiras de viagem Luíza e Roberta e que de manhã tinham ido para o curso de espanhol, um dos motivos que as trouxe a viajar para a Europa. Tanto ao almoço como ao jantar, e como nesta viagem o que interessava mais era o encontro com pessoas, a obsorvação de um maior número de paisagens, monumentos e conhecimentos e o que menos interessava eram as refeições, comemos num mercado, compramos pão, o que colocar dentro dele, umas bebidas e "bora" rumo à "Plaza Mayor de Salamanca", talvez o elemento histórico mais conhecido de Salamanaca, e das praças mais bonitas bonitas do Mundo. Tal como outras plazas mayores de Espanha, é uma praça rectangular rodeada de todos os lados de edifícios, sendo a entrada só possível através de alguns pórticos existentes. Nesta praça existem imensos restaurantes e realizam-se inúmeros eventos ao longo do ano, como por exemplo, a "Nochevieja Universitária de Salamanca" que simboliza a passagem do ano feita para os estudantes, que se realiza no último dia de aulas antes das férias das festas que se realizam por esta altura (Natal, Passagem do Ano e Dia de Reis).
Passaríamos mesmo uma grande parte da tarde no interior ou nas imediações da grande praça, para depois depois as minhas companheiras regressarem às aulas e eu andar até à famosa "Universidad de Salamanca". Escolhi fazer este trajecto pela zona junto ao rio, pensei que seria mais agradável e depois voltaria pelo interior. Assim, até chegar à Universidade, segui pela "Calle de San Pablo" e depois pela ponte dos "Reyes de España", onde atravessaria o rio até chegar à outra margem e ficaria com uma paisagem única sobre uma parte da zona histórica de Salamanca, tirada a foto e como a Universidade não ficava deste lado da cidade, atravessei a conhecida "Puente Romano", que é um dos principais simbolos da cidade e por onde só passam peões devido à preocupação conservadora.
Caminhei, caminhei, caminhei... passei pelo bonito centro de arte Déco, caminhei... e caminhei e cheguei à "Universidad de Salamanca", a universidade mais antiga da Península Ibérica e das mais antigas da Europa, data do ano de 1218. Atualmente com mais de 35 000 alunos, é hoje uma das instituições universitárias mais prestigiadas da Europa, atraindo estudantes de todo o Mundo.
Depois de ter observado uma Universidade com muita história mas também com um toque de modernismo, devido à adaptação aos novos tempos, haveria que voltar para o hostel. Meu telefone tinha ficado sem bateria e meu mapa estava lá, o esquecimento de não ter colocado o telefone a carregar na noite anterior poderia ter saído caro, mas felizmente segui por uma estrada, e sempre com a catedral como ponto de referência, foi fácil regressar ao hostel, onde me esperava ao jantar a comida comprada no mercado à hora do almoço.
3º dia
No terceiro dia, depois de uma noite bem dormida e ainda antes do "desayuno", estive à conversa com uma viajante espanhola que trabalha na Bélgica como camareira e está a tirar um tempo para viajar pelo Mundo. Apaixonada por viajar e sempre orgulhosa da sua terra natal Astúrias, em que realçava o verde constante e lhe chamava "Astúrias Verde", contou-me que vinha de Portugal e que agora estava a viajar por Espanha, que nunca imaginou ser tão diferente de localidade para localidade, e que estava a contar chegar à... China! Contou-me um pouco sobre os seus projetos e ambições e como os estava a contar fazer isso. Uma conversa de partilha de sonhos em que o português se misturava com o espanhol e às vezes até com o inglês até à hora do pequeno-almoço/café da manhã e em seguida... perder-me. De fato até foi uma situação premeditada, às vezes partir sem destino, em vez de seguirmos por uma estrada que vem em todos os guias turísticos, podemos descobrir o mais inesperado e que nos valorize a viagem. Foi então isso mesmo que fiz, sempre com o pensamento que se não soubesse voltar, tinha o meu "mapa virtual" e o endereço do hostel podendo perguntar a qualquer um "cómo llegar?", fácil - vou me perder!
Com o relógio a marcar 13h e as minhas companheiras de viagem Luíza e Roberta a sair das aulas, era hora de encontrar-me com elas no local combinado na Plaza Mayor. Daí partimos para a visita às torres medievais da "Catedral Vieja de Salamanca", onde se pode ter uma visão magnífica do seu topo e onde envolvidos por uma arquitetura quase milenar, reduzimo-nos a seres muito pequenos que conseguem construir edifícios que nos premitem ver de maneira diferente. Muito bom e vale mesmo muito a pena a visita. Saímos era já de noite, e nada melhor que um lanche/jantar em que tivesse chocolate quente no meio, não se pode dizer que o atendimento foi bom, porque foi péssimo, e o porque de às vezes valer a pena nos afastarmos dos itenerários turísticos, mas abstraindo-nos disso o chocolate quente e o brownie eram deliciosos, deixando saudades. Com barriga cheia e a cama a chamar por mim resolvi obdecer-lhe e depois de me despedir das meninas fui para o hostel, de onde iria sair no dia seguinte para ir para outro hostel.
4º dia
Quarta-feira foi dia de mudança de hostel logo pela manhã, com alguma pena minha, mas o que me exigiam pela próxima noite em que não tinha feito reserva era o que me tinham cobrado pelas outras 3 noites (o preço a pagar quando decidimos algo à última da hora e ainda por cima vespera de feriado!). A solução seria o hostel Los Hidalgos, não seria um hostel tão bom, mas a qualidade-preço é muito boa e dispõe de wi-fi (que hoje em dia é uma mais valia). Iria mesmo tirar um pouco do dia para descansar para mais tarde aproveitar a noite, o que ainda faltava descobrir de Salamanca, e nada melhor que a véspera de feriado de dia 8 de dezembro. O bares de Salamanca passam boa música e tem um ambiente jovem e descontraído.
5º dia
Ao feriado de dia 8 de dezembro, minha família sabendo que me encontrava em Salamanca, aproveitando a proximidade com o Porto e o fato de ser feriado, decidiu ir almoçar comigo com Roberta e Luíza. Na companhia do meu avó, minha mãe e minha irmã mais nova almoçamos num clima de apresentações, comidas típicas, sorrisos e algumas fotos, antes do meu regresso a Portugal com a família.
No final desta viagem sinto que conheci uma cidade riquissíma em história, onde tudo à nossa volta nos faz relembrar daqueles contos medievais entre reis e rainhas, príncipes e princesas. Com os edifícios antigos e modernos obedecendo a uma arquitetora e decoração acompanhando a história, é uma cidade capital da cultura (em 2002), com imensos hosteis, ambiente jovem e muito muito bonita.
Salamanca numa palavra: Universidade!
Salamanca numa palavra: Universidade!